Recentemente, a influenciadora digital Karen Bachini compartilhou sua experiência ao ser diagnosticada com essa condição pouco conhecida.
Em um vídeo compartilhado no YouTube, a influenciadora apontou que demorou para ter o diagnóstico e agora pode fazer o tratamento adequado. “Eu vou fazer uma cirurgia, eu tenho uma doença nas pernas que chama lipedema. Depois de muitos anos pesquisando diversos médicos eu finalmente descobri”, disse.
O Lipedema é uma doença crônica e progressiva que afeta predominantemente as mulheres.
Cerca de uma em cada dez mulheres no Brasil, o que equivale a aproximadamente 5 milhões de brasileiras, convive com essa condição.
O Lipedema se caracteriza pelo acúmulo anormal e desproporcional de gordura, especialmente nas pernas, coxas e, ocasionalmente, nos membros superiores.
O Lipedema nas pernas
fonte:itatiaia.com.br
A influencer Karen Bachini também compartilhou fotos do lipedema em suas pernas, e relatou sobre as dores que está sentindo.
As pessoas afetadas por essa condição frequentemente apresentam características físicas distintas, como pernas pesadas e inchadas, enquanto seus pés e mãos permanecem sem inchaço aparente.
É essencial ressaltar que o Lipedema, por vezes, é erroneamente associado à obesidade, excesso de peso, linfedema ou insuficiência venosa. No entanto, é fundamental compreender que não está relacionado ao peso corporal ou hábitos alimentares inadequados. O diagnóstico adequado requer uma avaliação clínica minuciosa.
Essa condição pode trazer uma série de desafios e impactos significativos para as mulheres que a enfrentam. Além das mudanças estéticas notáveis, os sintomas incluem dor, hematomas e desconforto nas áreas afetadas.
As limitações nas escolhas de roupas e nas atividades sociais podem afetar a autoestima e a saúde mental.
À medida que a doença progride, o acúmulo de gordura pode causar complicações adicionais, incluindo problemas articulares e desafios de mobilidade.
Embora ainda estejamos aprofundando nosso entendimento, há evidências de que os hormônios desempenham um papel importante na progressão do Lipedema.
Hormônios sexuais, como o estrogênio e a progesterona, parecem influenciar o surgimento da condição, frequentemente se manifestando ou se agravando durante a puberdade, gravidez e menopausa.
Em relação à prevenção e tratamento, não dispomos de estratégias de prevenção definitivas, devido à influência genética do Lipedema.
No entanto, existem medidas que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas já diagnosticadas com a condição.
O tratamento para o Lipedema visa aliviar os sintomas, reduzir o acúmulo de gordura e melhorar a qualidade de vida.
Isso envolve o diagnóstico precoce, uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividades físicas, terapia física, uso de roupas de compressão, medicamentos para alívio de sintomas e, em estágios avançados, a consideração de cirurgias para a remoção do excesso de gordura e a melhoria da estética das pernas e membros superiores.
É fundamental abordar o tratamento do Lipedema de maneira personalizada, envolvendo uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, como médicos, dermatologistas, cirurgiões vasculares, fisioterapeutas e nutricionistas.
Cada caso é único, e o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais de cada paciente.
Também é importante destacar que o Lipedema ainda é pouco conhecido e frequentemente subdiagnosticado, o que pode resultar na sensação de falta de compreensão por parte dos profissionais de saúde.
Portanto, é crucial promover a conscientização e a pesquisa contínua sobre essa condição médica.
Se você tem algum sintoma ou suspeita que possa ter o lipedema, agende uma consulta para diagnosticar o lipedema.
Foto Divulgação: YouTube – Karen Bachini
Fonte Revista Quem